"Entretanto, o tema do álcool esteve em discussão. Herr Pauli ouviu dizer que fora dada uma ordem às tropas alemãs de nunca destruir as reservas de bebidas alcoólicas, devendo deixá-las para o inimigo que se aproximava, pois, de acordo com a experiência, o álcool retirava-lhes a força de lutar e atrasava o seu avanço. Trata-se de conversa de homens, só eles podem pensar assim. Deviam era reflectir, pelo menos durante dois minutos, sobre o assunto e perceberiam que a aguardente estimula o apetite sexual. Estou convencida de que, se os russos não tivessem encontrado tanta bebida em todo o lado, nem metade das violações teriam ocorrido. Estes homens não são nenhuns Casanovas. Têm de ser estimulados primeiro, têm de afogar as suas inibições. E eles sabem isso ou pressentem-no, se não, não estariam tão desesperados por álcool. Numa próxima guerra que seja travada na presença de mulheres e crianças (em protecção das quais os homens lutam, segundo dizem), antes da retirada das próprias tropas, cada gota de álcool devia ser despejada na sarjeta, sendo as lojas de bebidas destruídas e as fabricas de cerveja indo pelos ares. Ou, quanto a mim, deviam talvez organizar antes, e rapidamente, uma noite de borga para a sua própria gente. Enquanto as mulheres estão ao alcance do inimigo, o álcool devia desaparecer."