Abre aspas...

Conversas e citações o mais perto da realidade possivel...conforme a minha cabeça consiga reter, excertos de livros e algumas histórias

segunda-feira, outubro 30

Esconderijos...

No dia 15 de Setembro, Tiffany Hall terá simulado um parto prematuro num parque, e chamado a polícia ao local, garantindo que o bebé tinha nascido ainda com vida. No hospital, recusou-se a ser examinada pelos médicos, dando razões contraditórias, entre as quais que tinha sido violada. O feto não apresentava sinais de trauma e, no dia seguinte, o resultado da autópsia não revelou as razões da morte.
Foi no funeral do bebé que Tiffany Hall se desmascarou ao contar ao namorado que aquele filho não era dele, mas que ela tinha matado a mãe para o obter. Horrorizado, o namorado contou à polícia, que prendeu Hall algumas horas depois.
A mulher terá confessado à polícia o seu crime e, no dia 21, foi feita a macabra descoberta. Jimella Tunstall foi encontrada morta num apartamento, com o abdómen aberto. Desde então, começou uma busca desesperada para encontrar ainda com vida as outras três filhas de Tunstall. A polícia esteve em casa da vítima, à procura de fotografias das crianças para serem divulgadas pelos media, mas não encontrou rasto das meninas. Foi Tiffany Hall quem acabou por confessar ter afogado as crianças. E acrescentou: "É natural que não as tenham descoberto. Quem é que se lembraria de procurar nas máquinas de lavar e secar roupa?"
\nCom efeito, DeMond Tunstall, de sete anos, Ivan Tunstall-Collins, de dois, e Jinela Tunstall, de um, estavam dentro das máquinas de lavar e secar da própria casa. A polícia ainda não adiantou as razões que levaram Hall a cometer os crimes.
Noticia de Sónia Morais Santos publicada
no DN de 26/09/2006
Nota: Material fornecido por Fénix. Bigada ;)

sexta-feira, outubro 27

“Passados todos estes anos a culpa não me deixa e é talvez a minha única companhia. De tanto calar o que sentia já não sei o que dizer, apenas tenho a certeza de que, na tua ausência, ainda dói mais o que não consegui evitar.
Como já te disse, vivia atormentada com o facto de te sentir diferente. Nunca tiveste um aspecto feminino. Durante anos pesquisei gestos, a forma como te penteavas, as escolhas das roupas, os perfumes que preferias. Nisso eras um rapaz como os outros, estou aliás convencida de que essas coisas não têm importância nenhuma, são ideias feitas na cabeça das pessoas sem imaginação.”

Livro Vagabundos de nós de Daniel Sampaio

segunda-feira, outubro 23

Porcos

Durante a segunda guerra mundial, um homem observa um porco a comer. Aproxima-se outro homem e sem nada perguntar, o que observa responde:

Os cães admiram-nos,
Os gatos desprezam-nos
E os porcos tratam-nos como iguais.
Nota: Foi o que apanhei de um filme que estava a dar na RTP1, enquanto fazia zapping.

quarta-feira, outubro 18

Má Comparação

Uma mesa, um casal, ambos na casa dos quarenta.

Com um ar muito educado e sério a mulher faz o pedido e o homem, chegando a sua vez, também com um ar muito serio e educado diz:
_Para mim é um café e um cagalhoto daqueles pequeninos..._ajudando com o indicador e o polegar para mostrar o devido tamanho_sabe, aqueles cagalhotos...os travesseiros miniatura.

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sábado, outubro 7

Capitulo VI

"Estou Só Mas Ninguém Pode Dizê-lo"


“Uma vez escrevi uma canção chamada ‘My Love is Dangerous’ (1985). Sinto que o meu amor é assim – perigoso. Ainda não me analisei, mas após todos estes anos sinto apenas que não sou um bom parceiro para ninguem e penso que o meu amor é isso. O meu amor é perigoso. De qualquer forma, quem quer que o seu amor seja seguro? Imaginam-se a escrever uma canção intitulada ‘O Meu Amor é Seguro’? Nunca venderia.”

“Quando se tem sucesso torna-se muito difícil. Descobrimos os verdadeiros sacanas. Eu recebo-os como vêm. De facto, é por isso que criei um exterior muito forte. Quero dizer, a maior parte do tempo quando as pessoas falam comigo penso imediatamente: “O que é que querem? Ele está atrás disto ou daquilo?” Por isso é muito complicado as pessoas conhecerem-me de verdade. Tenho de entrar numa espécie de filtragem. Tenho de arrancar o pior deles. Provavelmente às vezes faço-o com a pessoa errada, mas é algo que tenho mesmo de fazer. Não recebemos sempre as pessoas de braços abertos – temos de as testar. O sucesso trouxe-me milhões de libras e a adulação mundial, mas não aquilo de que todos necessitamos – uma relação amorosa. Podemos ser amados por tantos milhares de pessoas e ainda assim sermos a pessoa mais solitária. E a frustração disso faz-me ainda pior, porque é difícil entenderem que podemos estar sozinhos.”

“Queria uma espécie de tranquilidade genuína depois da tempestade. Toda a gente espera que eu tenha relações tempestuosas. Estava virtualmente a viver a minha própria cena dos média, como ela é quando somos apanhados, e pensava que essa era a maneira como deveria realmente ser. Pensei sempre que devia ser o orador, o homem do leme, Eu estava a trabalhar tanto, actuando para toda a gente, mesmo fora do palco, e depois pensei: “Não, tu não tens de fazer isso. Deixa-os dizer que és chato.” E é maravilhoso. Assim as pessoas podem dizer: “Oh meu Deus, tu és chato. Não dizes nada.”, mas eu adoro isso agora. Digo, se sou chato, que se entretenham a vocês mesmos ao encontrarem alguma coisa para fazer. Vêem, eles queriam que eu os entretivesse. A certa altura, se alguém dizia que eu era chato ficava furioso, quase tinha um ataque…mas agora adoro.”


Nota: Todos os excertos fazem parte da Autobiografia de Freddie Mercury (vocalista dos Queen), mais propriamente do capítulo VI, traduzido por Pedro Garcia Neves para a revista Domingo de 3 de Setembro deste ano.

terça-feira, outubro 3

Distração

Uma mesa, dois amigos, um está de muletas.

Os dois levantam-se, cada um ao seu ritmo, e dirigem-se ao balcão para pagar, deixando uma garrafa de àgua de 1,5l em cima da mesa.
Rapaz, que se levantou mais depressa, para o de muletas:
_ Traz a àgua.

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